Professora da rede municipal compartilha diagnóstico de autismo aos 52 anos na Tribuna Livre


Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Farroupilha, na segunda-feira (8), a professora Anelise Gajardo utilizou a Tribuna Livre para compartilhar sua experiência pessoal com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O relato emocionado ocorre em abril, mês dedicado à conscientização sobre o autismo, e trouxe à tona reflexões sobre inclusão, diagnóstico tardio e aceitação.

Anelise, que atua como professora na rede municipal e leciona atualmente na Amafa, contou que recebeu o diagnóstico aos 52 anos, após uma longa jornada de autoconhecimento e busca por respostas. “Dificuldades de comunicação e de avaliar o pensamento das pessoas, sentimento de não pertencimento, sinceridade extrema, disfunções de comportamento ou dissonâncias cognitivas” foram algumas das características que, segundo ela, sempre fizeram parte de sua vida e que passaram a ter um novo significado após a avaliação feita por um neurologista.

Durante sua fala, a educadora destacou a importância do diagnóstico, mesmo que tardio, e ressaltou o quanto ele contribuiu para compreender a si mesma. “Ao longo da vida, busquei entender-me e adaptar-me aos padrões da sociedade”, explicou. Agora, com a confirmação do TEA, Anelise tem se dedicado a fomentar a discussão sobre o transtorno e seus múltiplos aspectos, reforçando a importância da empatia e da inclusão em todos os espaços.

A participação na Tribuna Livre teve como objetivo sensibilizar a comunidade sobre a diversidade dentro do espectro autista e reforçar a necessidade de ambientes mais acolhedores, tanto na educação quanto na convivência social. “Precisamos aceitar as pessoas do jeito que elas são”, defendeu a professora.

Escrito em 10/04/2025
William Bertuol